MENOS É MAIS
NA NOVA ECONOMIA
O decrescimento é uma nova proposta de pensamento econômico
que propõe a redução controlada da produção de bens,
com o objetivo de promover relações equilibradas
entre a humanidade e a natureza.
Uma tentativa de aliar desenvolvimento responsável
com ambiente e qualidade da vida.
Uma sociedade onde instituições e sociedade civil sejam compatíveis com a sustentabilidade ecológica, uma relação harmônica entre humanidade, natureza e justiça social que parece ser possível, de acordo com o decrescimento. Seguir o modelo atual de desenvolvimento só nos levaria à autodestruição. [/trx_column_item] [/trx_columns]
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Entendendo a proposta
Os apoiadores dessa ideia desenvolveram dois planos para sustentar a proposta. O primeiro deles fica no campo individual, com a escolha de um estilo de vida chamado de “simplicidade voluntária”. Ao optar por esse estilo, a pessoa adota uma filosofia de vida que não se prende aos modismos e exageros propostos pela publicidade e pelo mercado. Escolher uma vida simples, que ofereça mais tempo à espiritualidade, saúde, qualidade de vida, ao tempo com a família e amigos; preservação ambiental, justiça social. Uma postura anticonsumismo, que em nada tem a ver com a noção de “pobreza forçada”.
O segundo plano da proposta desenvolve-se em nível global, com uma reorganização das atividades econômicas focando a redução da marca ecológica, o consumo de energia e o impacto ambiental e, principalmente e primeiramente, as desigualdades sociais.
As pessoas que apoiam o decrescimento afirmam que o aumento do Produto Interno Bruto (PIB), não gera bem-estar, pelo contrário, proporciona ainda mais desigualdade. Uma ideia que segue na contramão do senso comum da sociedade chamada de “moderna”.
O decrescimento sinaliza para a necessidade de ruptura com o pensamento atual. Nessa direção, não aceita os conceitos de “crescimento verde” ou “desenvolvimento sustentável” e indicar seguir na rota de abandono da meta do crescimento pelo crescimento.
O principal argumento é direto: A população mundial mais rica, aproximadamente 20%, consome 86% dos recursos naturais disponíveis hoje no planeta. Isso que significa que, para que os mais pobres possam consumir mais, é necessário que a parcela mais rica diminua o nível do seu consumo. Sendo assim, a proposta de decrescimento não é para todos os lugares e pessoas, ela é seletiva. Os maiores beneficiados por ela seriam os mais pobres.
O BRASIL PRECISARIA DE DUAS TERRAS para se manter COM O ATUAL PADRÃO DE CONSUMO GLOBAL[/trx_column_item] [/trx_columns]
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[trx_dropcaps style=”1″]T[/trx_dropcaps]odos os anos o Planeta atinge o chamado “Dia da Sobrecarga”, quando já se usou mais recursos da natureza do que a Terra é capaz de repor no ano inteiro. O cálculo para se chegar a essa informação é feita pela empresa Global Footprint Network em parceria com mais 90 organizações ligadas às questões ambientais. Em 2016, essa marca foi atingida no dia 8 de agosto. Na ocasião, a humanidade entrava no vermelho – mais cedo do que nunca – no uso dos recursos naturais. A expectativa, nada boa, é que a marca para esse ano seja alcançada entre os meses de julho e agosto.
Atualmente, a humanidade consome os recursos numa intensidade com a qual o planeta Terra é incapaz de oferecer. Em termos matemáticos, cada humano tem 1,8 hectare à disposição para satisfazer suas necessidades básicas de uma maneira ecologicamente sustentável. Só que o consumo necessário depende do estilo de vida do indivíduo: o alemão médio, por exemplo, consome 5,1 hectares.
A queima de combustíveis fósseis e de lenha é responsável por 60% da nossa “pegada ecológica” (a quantidade de recursos naturais necessários para manter nosso estilo de vida). Em números absolutos, China, EUA, União Europeia e Índia são os maiores emissores mundiais de CO2. O consumo per capita, no entanto, coloca essa estatística em perspectiva. Em termos puramente matemáticos, cada um de nós tem duas toneladas de CO2 em sua conta se quisermos manter o aquecimento global abaixo de 2 graus célsius.
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A água está ficando escassa
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente estima que quase metade da população mundial vai sofrer com a escassez de água a partir de 2030. Reservas subterrâneas estão ficando cada vez mais escassas e estão cada vez mais contaminadas. O nível de poluição nos rios, lagos e outros reservatórios de água provocado pela agricultura e emissão de esgoto é tão alto que a água não é própria nem mesmo para o consumo animal.
Caso a população mundial chegue a 9,6 bilhões em 2050, serão necessários quase TRÊS VEZES O SEU TAMANHO para manter o atual estilo de vida da humanidade.
[/trx_column_item] [/trx_columns][trx_infobox style=”info” closeable=”yes” css=”width:70%; margin: 0 auto;”]Publicado no Jornal Transcender de julho/agosto 2017[/trx_infobox]