Mais do que com tecnologia, crianças que nasceram na era digital têm uma relação inédita com a Informação. De acordo com estudo da consultoria norte-americana Qmee, a cada minuto são geradas, em média, 72 horas de vídeo no YouTube, 41 mil posts no Facebook e 3,6 mil fotos no Instagram.
Embora nem sempre seja fácil para os pais entenderem o que as crianças digitais têm a dizer, é importante compreender que se trata de uma geração pronta para contribuir com o mundo hiperconectado. A internet e a infinidade de gadgets que as cercam fizeram com que elas desenvolvessem uma forma de pensamento não linear. Elas sabem várias coisas ao mesmo tempo, sem medo de expressar suas diferenças e formas de pensar, e sem a necessidade de se encaixar em um grupo específico.
Uma comunidade de mães empoderadas
Um novo tipo de mãe está surgindo. Argumenta, retruca, refuta e só faz o que considera correto em cada caso. As mães trocam experiências em comunidades virtuais e, nesses espaços, leem artigos sobre diversos temas.
Uma dessas comunidades está no Facebook há sete anos e já recebeu pelo menos um milhão de visitas. O grupo, denominado “Apoio Materno Solidário”, congrega outros tantos com debates sobre temas que preocupam as mães. Como administradora do grupo, a pedagoga Simone Tenório de Carvalho percebeu a mudança no jeito com que as mulheres se relacionavam com o pediatra dos filhos e decidiu, a partir daí, desenvolver seu mestrado.
“Por meio de um programa de computador, eu inseri as informações das entrevistas e fiz a conexão dos duzentos discursos como se fosse uma só mãe falando. É interessante notar como todos os discursos, desembocam em um mesmo lugar”. Este lugar, como refere a autora, é o das “mulheres empoderadas”. O termo vem ganhando cada vez mais força nas redes sociais entre os indivíduos que defendem mais autonomia e respeito às decisões da mulher. Neste caso, trata-se do que Simone considera “empoderamento materno”, ou “autopoder materno”.
Comunidade
A comunidade que Simone administra é composta de cinco grupos que discutem amamentação, introdução alimentar, volta ao trabalho, maternidade e empoderamento materno. “A razão principal que leva as mães a buscarem a comunidade, em linhas gerais, é a vivência de alguma dificuldade no pós-parto, em especial com o momento da amamentação”, descreve a autora.
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