Índia: a casa de repouso das Filhas de Santa Ana é um lugar de esperança
- Editora Mundo e Missão PIME
- 24 de fev.
- 3 min de leitura
Atualizado: 27 de fev.
A Casa de Repouso Santa Ana foi fundada "para responder a uma necessidade do momento e oferecer alívio a doentes, indefesos, idosos, pessoas sozinhas e portadores de deficiência, a fim de que possam encontrar coragem e força para viver". As religiosas da Congregação das Filhas de Santa Ana, que administram a casa, têm o cuidado especial de assegurar que os doentes recebam conforto físico e mental, bem como alívio espiritual.

Há cerca de cinco anos, quando Aloisia falava ao telefone com a filha que vivia no exterior, insistiu a fim de que ela voltasse para casa. Na sua voz lamentosa, sentiam-se dor e desespero. Ela tinha medo de morrer sem ver a filha pela última vez. Permaneceu doente durante cerca de dois anos e foi tratada por muitos médicos, mas a doença continuou a se agravar. A doença não era compreendida e, por conseguinte, não era possível um tratamento adequado. Não havia dinheiro suficiente para ser internada num bom hospital. Assim, com a doença, aumentava também o desespero.
As graves condições da mãe preocupavam a filha. Ela começou a pensar numa solução. Seguiu os conselhos de outras pessoas. Entretanto, a Ir. Linda Marie Vaughan, que naquela época era madre-geral da Congregação das Filhas de Santa Ana, sugeriu que levasse a mãe para uma casa de repouso administrada pela mesma congregação. A mãe foi internada num lar de idosos em Ulhatu, na Índia.
No novo lar para idosos, Aloisia descobriu um ambiente completamente diferente. Encontrou muitas pessoas que já sofriam de vários problemas físicos. Havia enfermeiras e funcionárias prontas para servir dia e noite e não só cuidavam delas, mas também lhes dedicavam tempo e carinho. Acima de tudo, ali encontrou um ambiente de oração que a ajudava a ter esperança e alegria interior, apesar do sofrimento.
As religiosas da Congregação das Filhas de Santa Ana, que cuidam do espaço, têm a preocupação especial de assegurar que os doentes recebam conforto físico e mental, bem como alívio espiritual. A Ir. Jacinta Kerketta, que trabalha no lar de idosos desde o início e é a atual administradora, cuida muito bem de todos os residentes da casa. Não só o ascpeto material dos doentes e indigentes, mas não esquece dos cuidados espirituais. Afirma que "o centro foi fundado tendo em consideração as necessidades do momento e para ser acessível a doentes, desamparados, idosos, pessoas sozinhas e portadores de deficiência, para que possam encontrar a coragem de viver".

A esperança cristã
Em 4 de dezembro de 2024, a Ir. Jacinta Kerketta, em entrevista por telefone ao Vatican News, disse que os doentes do centro recebem ajuda através de passeios, atividades recreativas, aconselhamento, cuidados de enfermagem, oração e muito mais: "aqui as pessoas vivem em serenidade e, quando a sua saúde melhora, algumas regressam para casa, enquanto que outras permanecem na clínica".
Depois de três anos, quando a filha de Aloisia, que vivia na Itália, se encontrou com a mãe, não conseguia deixar de dar graças a Deus. Embora a mãe tivesse ficado mais frágil, tinha uma expressão de contentamento no rosto sorridente. Não havia palavras de queixa. O sentimento de gratidão exprime-se no desejo de retribuir àqueles que a serviram abnegadamente. Deitada na cama, indefesa, os seus lábios débeis continuavam a mover-se em oração. Esse é o fruto da esperança cristã. Aloisia descobriu a esperança que a levou a encontrar em Cristo o maior tesouro da sua vida.

Uma peregrinação de esperança
Aloisia não é a única pessoa na Casa de Repouso Santa Ana que encontrou essa esperança, deixando este mundo em paz, mas hoje há muitas pessoas que desejam passar os últimos dias da vida nesse espaço. Hoje, a casa tornou-se um lar para idosos, pessoas que sofrem de enfermidades incuráveis e que se encontram frustradas pela solidão. Dar-lhes uma nova esperança e ajudá-las a avançar na sua peregrinação de esperança é o objetivo do lar.
A Casa de Repouso Santa Ana foi fundada em 2016 pelas religiosas da Congregação das Filhas de Santa Ana de Ranchi para responder às necessidades do momento. Desde então, elas continuam a oferecer um serviço altruísta às pessoas necessitadas.
Por Usha Manorama Tirkey - Vatican News
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