Conheça como surgiu a história do Sementes pelo Mundo, criado por uma jornalista brasileira na tentativa de incentivar o cultivo de plantas

Anaísa Catucci, idealizadora do projeto Sementes pelo Mundo
A postagem viralizou na internet e, em menos de 24 horas, mais de duas mil pessoas entraram em contato com Anaísa por se sentirem sensibilizadas com a proposta. Contente, mas ainda surpresa por tanto interesse, a jornalista se viu diante de um desafio: ela tinha apenas algumas sementes para doar e não conseguiria atender tamanha demanda. Então utilizou a mesma rede social para criar um grupo e arrecadar mais sementes. Nele, também pediu ajuda com as cartinhas, que mais tarde foram escritas por centenas de voluntários em mutirões por diversas cidades do país.
Esse foi apenas o início do projeto Sementes Pelo Mundo, que tem provocado muita gente a repensar seu papel perante a natureza. O incentivo ao cultivo de plantas é a principal bandeira da ação. Por isso, vale tudo: sementes de árvores, flores, temperos, hortaliças, entre outras. O projeto envia sementes de diferentes espécies a pessoas de todo o país, junto com uma cartinha com dicas de cultivo. Os interessados só precisam realizar um cadastro (disponível aqui) e aguardar a chegada pelo Correio.
Já para quem deseja ser doador de sementes, a sugestão é participar do grupo criado no Facebook e trocar mensagens com a própria Anaísa ou com os mais de 5,4 mil membros envolvidos.
Rede colaborativa
De acordo com a criadora do projeto, mais do que aproximar as pessoas da natureza, o Sementes pelo Mundo deseja aproximar as pessoas entre si e em torno de uma causa. Por isso mesmo, as cartinhas enviadas com as sementes são um grande diferencial da iniciativa. Manuscritas, coloridas e quase sempre desenhadas, elas fazem com que as pessoas criem elos. A maioria agradece com novas cartinhas e ajuda na divulgação.
“O resgate da humanização é o que tem me motivado. Isso de dedicar um tempo para um desconhecido, sabendo que isso pode transformar a vida dele e de muitas pessoas, é algo que só tende a aumentar meu amor pelo próximo. O projeto me ajuda a ter mais humildade, além de despertar uma grande sintonia com o meio ambiente”,
conta Anaísa.
Aos poucos, todo esse cuidado fez com que o projeto ganhasse uma nova dimensão: “A ideia é que a gente inspire cada vez mais as pessoas a trocarem sementes, a trocarem mensagens, o contato humano, que é o que mais a gente precisa. Temos casos de pessoas que estão superando perdas, depressão e tratamentos de saúde. Além disso, alguns professores também querem criar hortas nas escolas”, afirmou Anaísa em reportagem publicada no portal de notícias G1.