Vocação do catequista é fundamental no centro da vida paroquial, pois são responsáveis por se colocar a serviço da Palavra
Como de praxe, todo ano a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulga uma mensagem aos catequistas. Desta vez, o presidente da Comissão, dom José Antônio Peruzzo, afirma que são eles os evangelizadores que respondem a um apelo que lhes ressoa desde dentro, desde o coração. E que é somente pela força de Deus que conseguem levar adiante esse chamado:
“Sei que se recorda, amigo e amiga catequista, daquela pessoa que, pela primeira vez, lhe dirigiu o convite para colaborar com o Senhor na Catequese. Até os detalhes lhe afloram à memória. Era a comunidade que precisava. Alguém lhe falou desde fora, mas provocou aquela voz que vem de dentro. Era como se o Senhor Jesus já estivesse a compadecer-se dos catequizandos e, então, estaria a confiá-los a Você. Pois bem, hoje deixe-se ‘olhar” por ele. Tente imaginar o próprio Senhor, com os olhos cheios de compaixão, a voltar sua face para eles, os catequizandos, e depois para você. O que ele lhe diria? Escute-o. Deixe-o falar. Ele nunca se deixa vencer em generosidade. Estará sempre ao seu lado, com a força do seu Espírito, para renovar as compaixões, para revitalizar as motivações, para vencer as desilusões. São alegrias e dramas que ele conhece bem. Os grandes discípulos e discípulas também já experimentaram. Eles se sentiram pequenos, pequenas. Venceram porque a força que os sustentava vinha do amigo e Senhor.
Transmissão da fé
O fato é que a vocação do catequista é fundamental no centro da vida paroquial. São eles os responsáveis por se colocar a serviço da Palavra, são instrumentos para que ela ecoe. O padre Antonio Marcos Depizzoli, assessor da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, afirma que, no processo de vivência e transmissão da fé, o catequista é a pessoa que acolhe a melhor herança que pode ser entregue a alguém: a graça de ser filho/a de Deus, de participar da natureza divina. Nesse contexto, o sacerdote diz que celebrar um dia solene do catequista é uma ocasião de muita bênção.
“O Dia do Catequista inspira a alegria de ser chamado à vida cristã e a gratidão pelo dom de, mesmo na nossa fragilidade, poder contribuir generosamente para que outros ouçam a vocação/chamado que Deus lhes faz e sejam ajudados a responder”.
Especialmente no Ano do Laicato, época em que a Igreja insiste no protagonismo dos cristãos leigos, convidando-os a assumir papeis ativos na Igreja e na sociedade, os catequistas se tornam protagonistas dessa história. “O catequista geralmente é um leigo ou leiga, que segue a Jesus Cristo apaixonadamente. São homens e mulheres, de idades diferentes, com suas histórias de encontro pessoal com Cristo e vida comunitária, presentes em todos os lugares do Brasil. Diante dos desafios que são próprios de cada contexto, caminham encantados pelo Senhor, como ‘mestres’ em despertar outros para a alegria e entusiasmo em viver na comunidade dos discípulos missionários de Jesus Cristo”, afirma Depizzoli.
Para o presbítero, o Ano Nacional do Laicato é dom e tarefa para o cristão catequista aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; e testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade.
Fonte: CNBB
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